30.11.14

Os paroquianos fervorosos e a estupidez humana.



Pois é, como nos é dado largamente a saber, até a mim que já pouco tempo de antena dou a blocos noticiosos (a carne é fraca, o espírito impressionável) Canelas tinha um padre que sim sr! Era um homem que dava gosto, que unio a população, que levou os jovens, quais carneiros, bem certinhos pelo carreiro da fé. Até aqui tudo muito bem, assim superficialmente, que bom padre!
O povo gostava dele, até parece que o venerava, o povo andava elevado por uma caruma de amor fulgurante, de religiosidade, de imensas coisas boas...mas o povo é hipócrita...na saúde e na doença até que a morte lhe bata á porta.

E será que o padre era assim tão bom padre? Se calhar andou a passar a doutrina de uma forma um bocado dúbia...Será? Provavelmente não, mas não meto as mãos no fogo nem por mim própria...o que é certo é que cada cabeça tem sua sentença...

Mas e cabeças tresmalhadas pergunto-vos, que religiosidade católica é esta que não espalha amor indiscriminadamente por gregos e troianos? Que religiosidade é esta, de mão levada forte ao peito, em que se ostraciza um ser humano, no caso, é verdade, outro padre, qual representante de deus na terra?

Pois, nada de novo é certo, muito longe disso, a doutrina é boa, as pessoas são mimadas, birrentas, umbigosas com sarro e cotão.

Que gostassem muito de um, nada contra, gado caprino, sim sr, mas é o nosso padre que eu quero faz fabor!

Agora andarem a meter medo ao outro? "Vai-te embora, daqui para fora!" Sendo que o representante mediático máximo da história foi o sr que como argumento para mandarem o padre novo embora se cingiu a dizer que ele era um porco! (Onde é que já se viram cabelos compridos e barba por fazer! É uma vergonha!, digo eu ;)

Pois é...Canelas, novo símbolo da indiossíncracia religiosa que pára para os nossos lados e nos outros todos à face desta bola azul e sangrenta...

Para muitos a igreja é uma mera distracção, um preetexto para conviver ao domingo e desfiar o novelo. Uma forma de redenção semanal, sempre disponível, reduto onde se vão buscar para usar até à próxima volta, uma série de vidas, como em qualquer jogo difícil de jogar no smartphone.

E se for para se morrer que seja numa segunda feira que ainda se tem cartuxos de perdão disponíveis se é que não se perderam logo no próprio domingo...Quando se vilipendiou o padre, disse mal da Belmira, criticou a vestimenta de Joaquina e se avaliou os gastos da Ermelinda, com 3 filhos, no café ao pequeno-almoço nesse dia. Para rematar ainda se leu o CM e se refastelou com o mal dos outros, aquele com que podemos bem, porque pimenta no cu dos outros a mim até me sabe bem.
Sem falar da história das partilhas que tem dado pano para mangas...Aquela cabra da minha irmã que me quer ficar com as porcelanas da bista alegre! Eu bem que quero praticar o bem, mas aquela fulana fode tudo, o que me vale é que deus é grande, escreve direito por linhas tortas, e lá no céu já tem um lugarzinho para mim, um spa com pedras quentes para me deleitar pelo resto da eternidade.

Mas espera o Socras foi preso! já ninguém quer saber do padre de Canelas pois não? Nem dos Vistos, nem de não sei quê não é? Até a ébola parecer que já foi extreminada...e a legionella é da semana passada? O que é legionella? Que é isso de Canelas? E esse bandido do Socrates que coitado é bem capaz de ser inocente? Esse pulha charmoso! Esse membro do meu partido! até ao fim deve ser defendido! Porque nascido benfiquista, benfiquista até ao fim! (isto não está correlacionado, ou está, mesmo nonsense para bom entendedor meia palavra basta, para bom manipulador nem a palavra é precisa)


23.11.14

Happy day! (a partir de ontem isto é)

O Socras foi preso!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! resta saber por quando tempo...


Podem ver aqui: http://socratesaindaestapreso.com/














 Pois vais Zé, pois vais...




21.11.14

As pessoas, esse bicho do mato

"O não ter respeito a alguns, é procurar, como a morte, a universal destruição de todos."Fonte - Obras EscolhidasAutor - Vieira , António







As pessoas hão-de sempre surpreender-nos, para o bem várias vezes, muitas para o mal.

Hoje vou contar-vos duas histórias, uma contaram-me, outra foi comigo. A primeira fala da história, lá está, de uma rapariga que foi chamada para estagiar numa empresa como jornalista. A experiência decorria com a normalidade possível dos dias de hoje, a normalidade em que és estagiária mas tens responsabilidades de gente grande, mas como és estagiária, és um ser menor que come pouco até porque está super na moda comer sopa fria, aka detox?, a necessidade de dinheiro não te assiste.

Bem e lá andava a rapariga estagiária a tentar, a tentar, a sonhar, a sonhar, a acreditar, a acreditar. E um dia disseram-lhe assim:

- Olha a empregada da limpeza não pode vir mais, tu importavas-te?

A rapariga sentiu ao mesmo tempo que estava no ice bucket challenge e que lhe estavam a espetar uma facada nas costas mas de frente.

Agora fica a questão, para onde foi a vergonha? o descaramento? a sensatez? o respeito? o caralho da vergonha na cara?

Os escrúpulos são uma coisa que se perde ao longo dos caminhos? A vida pode fazer de nós uns filhos da puta (pensei em contentar-me com a sigla, mas os bois devem ser tratados pelos nomes), ou é uma coisa inata ou da infância precoce?

A estupidez/falta de inteligência causa a insensatez? E a necessidade faz o engenho? Se não há ninguém para limpar e limpar é preciso para não cheirar mal vai pedir-se ao elo mais fraco? Adeus?

Bem eram todas retóricas, o que é certo é que é flagrante um dos males de que a nossa sociedade padece num grau muito elevado, a falta de respeito.

A falta de respeito próprio, a falta de respeito por tudo o que mexe, e também pelo que não mexe de resto, e pelo que mexe mas não fala.

Bem quando às limpezas para fazer só havia uma solução dividir para reinar, não há empregada, todos fazem, e não cai a ninguém nenhuma mãozinha de facto, mas se a vida, o mundo, o ser humano fosse assim vivíamos na utopia, e como esta não existe, não existíamos.

Bem a outra história fica para outra oportunidade que agora não me apetece, bem mas eu não tardo, que eu nunca tardo.

Bem a propósito deixo-vos com esta página https://www.facebook.com/ganhemvergonha?fref=ts
vale a pena conhecer, mas atenção são histórias chocantes.

A propósito também, se é um filho da puta sem escrúpulos fora já daqui, a todos os que não são, desculpem os impropérios, mas eu preciso de afogar as mágoas em algum lado.

Se conhece algum filho da puta não se preocupe, apesar de eu ser uma pessoa bem céptica, acredito que o cosmos aka vida se encarrega de queimar quem atiça as brasas, sem eufemismos agora, mãe desculpa, a vida hade fode-los também, despeço-me sem mais!


Espero que fique bem claro que aqui não iremos suportar gente
intolerante como você.

13.11.14

Spoiler profissional: "Prometheus" mas não cumphrius!

Este já o vi à umas semanas, mas não podia deixar de relatar a experiência.

Bem esta película começou bem, prometeu e voltou a prometer...e como é triste quando as promessas são ocas, de um oco tão profundo, mas tão cheio que nem chega a poder ter a beleza do vazio.

É um filme de ficção científica, que ao que parece seria a génese do Alien, filme que não vi, nem quero ver, porém independentemente disso, esta obra cinematográfica não deixa de ser simplesmente um enchimento do chouriço.

Nos primeiros vá, 45 minutos vá uma pessoa mantém-se atenta, interessada, esperançosa, vão se abrindo um serie de portas, vai-se montando a tenda, vai entrando uma aragem pela janela, porém a pouco e pouco começasse a notar que já se abriram muitas portas e que nenhuma se fechou, o que resulta ao fim de 15 minutos numa conversa de malucos que só faz sentido para os próprios e que mostra que não se está ali para ir a lugar nenhum.

Apesar de tudo dei graças aos céus por não ter ido ao cinema ver esta pérola.

Atenção que o David viu o Alien e para ele o que se estava ali a passar naquela espécie de enche o saco também se demonstrou uma pasmaceira para ele, embora dada a minha índole eu tenha bofado muito mais.

Bem o filme só tem uma única coisa explicada, mas uma tão óbvia, tão pobre, tão cliché, que arrepia de irritação os cabelos da pessoa mais crédula.

Ele é o pai dela, ah! meu deus! impensável! Bem e o momento em que nos é revelado tal verdade chocante, qual descoberta de que o Bruce Willis afinal já fez tijolo, é tipo o clímax do filme, pena que já o soubesses á meia hora...não sei se era para chorar ou para rir, mas que fiquei estupefacta lá isso fiquei.

Bem a Charlize claramente estava a precisar de fazer umas massas porque o papel dela estava entre o irrelevante e o ridículo, porque como tudo o resto, morreu na praia e já nem é a primeira vez.

Enfim vejam se não tiverem coisa mais à mão, se gostam de efeitos sofisticados, a fotografia também não é má, mas para mim a técnica não faz um filme, é igual a comer camarão insosso.




Ui esperem este sr aqui em baixo está por lá! Hum parece que afinal vale a pena não é?



Pena não estar no seu melhor...mas acaba por até fazer diferença...



12.11.14

Fora da caixa é perceber que existem 1001 hipóteses para além dos lugares comuns | Dejá Vu, mobiliário com paletes, reciclagem, restauração

Antes de mais este não é um post patrocinado é ideológico, se algum dia alguém me patrocinar e eu tiver verdade para dizer eu aviso que não ando cá para enganar ninguém, porque mesmo quando ninguém está a ver, nós estamos, por isso essa circusntância nem sequer existe no fundo, enfim.

Fora da caixa é perceber que existem muitas maneiras de fazer as coisas, de resolver problemas, de materializar soluções. Sendo que quando vamos comprar aquelas que nos querem vender primeiro são sempre as mais caras, muitas vezes vêm embaladas em status, trazem um laço da cor do gabarito, têm um saco que cintila poder.

Para além das soluções caras existem muitas outras, algumas delas nem envolvem esse vil papel de cheiro intenso e cor faustosa.

Venho dar a conhecer um projecto com que simpatizei muito e que vive da execução de mobiliário a partir de paletes, da reciclagem e da restauração de peças.

Nem só de sofás extremamente confortáveis, móveis grandes e ideias pré-concebidas vive o homem, nomeadamente o conforto é uma coisa sobre valorizada e em excesso tem consequências, uma delas a preguiça de viver e o viver para o excesso.

Viver envolve andar à chuva, suar, mexer, ir e voltar, fazer e acontecer. O tempo de passividade não deve ser extenso e por tal muito conforto pode trazer defíces de produtividade na vida em geral.

Bem mas este post é sobre itens físicos e por isso ficam abaixo algumas fotografias que mostram que se pode dar uma nova vida ao que já existe, e se o nascimento é uma coisa que emociona, o renascimento também o faz.

Era bom que começássemos a ver mais gigantes por ai disfarçados de moinhos.








Podem conhecer o trabalho de duas senhoras de S grande abaixo no facebook e/ou no site do projecto

https://www.facebook.com/dejavu.reciclagem

http://dejavureciclagem.wix.com/dejavu




5.11.14

Vamos lá ver duas coisas, sermos porquinhos dentro da nossa casinha é uma, sermos javardos em todo o lado é outra, ou sobre como as palavras são de prata mas a educação é de ouro

Existem dois tipos de pessoas as civilizadas e as outras, sendo que as outras na minha, que nem sempre é humilde, opinião, deviam viver não na civilização mas em cavernas a kilometros de distância de outras cavernas ou quiçá todos juntos se quisessem, no meio do chavascal, na verdade tanto me faz.

E o que é que os menos civilizados, e que mereciam viver em cavernas, (espera será que não vivem já), que os macacos não fazem? Vou chama-los a partir de agora de porcos brutamontes acéfalos para causar mais impacto.

Os porcos brutamontes acéfalos não seguram em portas, estão se pouco lixando para se alguém vem atrás.

Os porcos brutamontes acéfalos não dizem obrigado.

Os porcos brutamontes acéfalos acham que são importantes e que valem mais que os outros.

Os porcos brutamontes acéfalos  não querem saber se estão peões na passadeira, que se fodam que primeiro passam os porcos!

Os porcos brutamontes acéfalos conspurcam as casas de banho públicas , não se lembram que alguém as limpa, não se lembram que a vida dá muitas voltas e que um dia podem ser eles a chafurdar na merda que os outros fizeram.

Os porcos brutamontes acéfalos escarram para o chão como se não houvesse amanhã, com orgulho, com gosto, com vaidade, mandam a pastilha para o chão e chamam porcos aos outros quando as pisam.

Os porcos brutamontes acéfalos não conhecem os caixotes do lixo, mandam o lixo pelo ar como quem manda confetis num dia de festa, mas depois têm vergonha de Portugal.

Os porcos brutamontes acéfalos não sabem que o que é a reciclagem, mas um dia vão arrepender-se.

Os porcos brutamontes acéfalos não dão lugar a ninguém, eles também andam cansados porra!

Os porcos brutamontes acéfalos ligam muito às aparências.

Os porcos brutamontes acéfalos são racistas. Aqui nem me vou alongar.

Os porcos brutamontes acéfalos são os que mais batem no peito para defender a sua honra.

Os porcos brutamontes acéfalos não deviam ter filhos.

Os porcos brutamontes acéfalos detestam velhos, ha ha ha! esta vai custar-lhes caro, quem com ferros mata, com ferros morre.

Os porcos brutamontes acéfalos acham que o tempo deles é mais importante que o dos outros.

Os porcos brutamontes acéfalos acham que têm mais direitos que os outros.

Enfim há dois tipos de pessoas, as civilizadas e as que dão cabo desta merda toda.


Atenção, há porcos brutamontes acéfalos que são isto tudo, cristo livrai-nos deste mal! outros são só uma coisinha ou outra e ainda podem ter remédio...


4.11.14

A felicidade é o autoconhecimento, a aceitação, a paz de espírito, a perseverança sempre, a coragem apesar das quedas

"Não vemos as coisas como são: vemos as coisas como somos." 
Autor - Nin , Anais 

"Tudo o que nos irrita nos outros pode levar-nos a um entendimento de nós mesmos." 
Autor - Jung , Carl  

"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é." 
Autor - Veloso , Caetano 

"Nunca é demasiado tarde para seres aquilo que devias ter sido.
" Autor - Sand , George 

"Uma vez que somos destinados a viver as nossas vidas na prisão das nossas mentes, o nosso dever é mobilá-las bem." Autor - Ustinov , Peter  




Depois de algumas citações que recolhi sobre a questão do auto conhecimento, o meu testemunho pessoal.


Ainda me falta um percorrer um longo caminho na tarefa de perceber quem sou, tenho nomeadamente curiosidade em conhecer alguns porquês, já percebi que nunca vou conhece-los a todos embora saiba que eles existem, porque sim, as pessoas são resultado de muitas variantes, resultam de contextos, de experiências, de outras pessoas, de traumas, de sucessos, de sofrimento.
Ninguém é o que é por mero fruto do acaso, somos todos a cada dia a síntese de todos os dias anteriores que vivemos desde o primeiro.


Mas se esse caminho, o do auto-conhecimento, ainda hade ser longo, o caminho da aceitação de mim própria e dos outros provavelmente ainda o será mais, mas quero mesmo chegar ao fim desse percurso porque acredito que é ai que mora a plena paz de espírito, o estarmos bem com a nossa consciência, o estarmos bem com a nossa existência tal como ela é, o perdoarmos-nos pelos erros que cometemos e seguirmos em frente, o congratularmos-nos pelo orgulho por nós mesmos por quando estivemos à altura.


Uma coisa que acho importante referir sobre a aceitação é que tudo o que fizemos na vida fizemo-lo à luz do que sabíamos e conseguíamos fazer quando o fizemos, por isso tantas vezes clamamos o "se fosse hoje", mas por não ser, não devemos sentir culpa, devemos sentir alegria porque evoluímos, amadurecemos, percebemos o erro.


Durante muito tempo não percebia porque é que me sentia mal em certos contextos, nomeadamente com demasiada gente, não percebia porque é que gostava tanto de estar simplesmente sozinha e porque é que por vezes evitava as pessoas em certas circunstâncias apenas para estar comigo própria.


Percebi efectivamente o que é isso de se ser introvertido ou extrovertido. E não o introvertido não é anti-social, apenas recarrega baterias na solidão ao contrário do extrovertido que o faz com pessoas. Porém o introvertido também gosta muito de estar com pessoas e etc. Ainda existem muitos clichés e estigmas em relação a esta questão, a maioria das pessoas são extrovertidas e os que não o são muitas vezes sentem-se bastante incompreendidos.


Essa parte de mim pelo menos já compreendo e estou bem com ela. Faz com que passasse a preservar-me mais, a evitar circunstâncias desconfortáveis principalmente em actividades de lazer, porque no que diz respeito às outras por vezes é necessário contrariar a tendência para benefício próprio no fundo.









2.11.14

Halloween e a propósito há uma coisa que as pessoas são muito e eu não sou excepção à regra

As pessoas são idiossincráticas, e geralmente isso da-lhes graça, às vezes chateia, mas no geral é sempre curioso de ver.

A propósito eu aprendi esta palavra à pouco tempo e gostei tanto dela que a usei sistematicamente até à exaustão semanas a fio, mais ou menos 5 dias por semana. Ou seja onde os outros viam moinhos eu via idiossincrasias gigantes. Aproveito para pedir perdão aos meus amiguinhos do trabalho que tanto sofrem comigo ;)

Aqui fica o significado antes de me alongar:

Idiossincrásico é um adjetivo que se refere à idiossincrasia, que é a maneira de ver, de sentir e de reagir, própria de cada pessoa. É uma forma incomum de se portar perante a sociedade.

Idiossincrático ou idiossincrásico é a predisposição do temperamento de um indivíduo, que faz com que ele sinta de um modo especial e muito seu a influência de diversos agentes. É agir fora dos padrões normais, dos padrões esperados.

Todas as pessoas têm suas preferências, suas simpatias e idiossincrasias, ou seja, seu modo de ver, sentir e reagir diante de seus conceitos e sua visão de vida.

Em psicologia, idiossincrasia é o conjunto de elementos cuja combinação dá o temperamento e o caráter individual. É a particularidade psíquica de um indivíduo.

Bem e porque é que eu sou idiossincrática? porque apesar de ser uma introvertida que finalmente se entende e aceita que tem esse traço de personalidade e ponto final, (qualquer dia falo sobre isso), adoro festas, só penso em festas, tudo para mim pode dar origem a uma festa: o fim de um trabalho desagradável, o dia Mundial da Metereologia, sim porque é que não havia de ter um dia esta coisa do tempo de que reclamamos com gosto porque sim e porque não quando falta conversa ou concentração ou paciência. Bem qualquer razão é boa para se maldizer o tempo, ao menos nunca lhe dizemos mal pelas costas porque ele não as tem.

Enfim adoro festas porque as festas quebram a rotina, e não há nada melhor do que mandar essa cruz ao chão de vez em quando e desfazê-la em pedaços, é claro que depois se tem de se montar outra vez, para não andarmos para ai sem rei nem rock? é assim que isto se escreve?

E porque é que é bom quebrar a rotina? Porque é a diferença que deixa memórias, porque quebrar a rotina faz a vida render mais, dá-nos a percepção de que o tempo passa mais devagar, permite olhar para trás e dizer, esta semana vivi, hoje vivi, amanhã vou viver mais e melhor, porque no meio do mau, existe o bonito, o bom, o que dá alento. Existe um mundo para além da zona de conforto demarcada entre outras coisas justamente pela rotina.

Esta percepção sobre a passagem do tempo tem  naturalmente uma explicação científica bastante verosímil. Quando um dia ou uma semana nos pareceram passar muito rápido isso quer dizer que o nosso cérebro teve pouco conteúdo novo á sua disposição para processar e guardar, ou seja, se não fizemos nada novo, diferente, menos parte da rotina, menos comum, nada se destaca no fim da semana e por isso a nossa massa cinzenta percepciona-a como tendo passado num ápice, embora tenha tido exactamente as mesmas horas de sempre sem tirar nem pôr que as outras todas.

Bem isto tudo porque eu fiz uma festa ontem e gostei muito de a fazer, deu um alento diferente aos meus dias prepara-la, ocupou-me a cabeça e as mãos, fez-me sentir produtiva e a inércia de que por vezes padeço nunca me faz sentir bem.

Enfim foi muito divertida, e ajuda para além de tudo o resto a relembrar porque raio é que gostamos tanto dos nossos amigos.


Agora vou pôr aqui umas fotos e já sabem quando precisarem de uma festa catita (este post pelos vistos está a revelar que é auto-promocional ;) chamem o António! ou claro a mim, mas atenção é a pagar que isto de brincar aos designers foram anos a fio a bater no ceguinho!