17.5.15

O Estranho Caso de só ter este filme 8 anos depois

A passagem do tempo é estranha, a última semana passou devagar, mas amanhã já acabaram as férias, a lua de mel nunca mais chega, mas para o mês já é Verão. Tinha 19 anos quando saiu o filme em que o Brand Pitt nasceu velho, tão velho que por já não saber de cabeça quem era o protagonista do filme que há 8 anos que queria ver, estive pelo menos 20 minutos a questionar-me sobre se era ele ou o Leonardo.



A passagem do tempo é estranha, quando tinha 19 anos, não achei que só 8 anos depois ia ver um filme cuja temática desde logo me despertara a atenção, mas entretanto houve tanto para fazer...viver as crises, viver as alegrias, desesperar por não ter nada para fazer, lamentar o não ter tempo nenhum, descobrir como podia ser agradável passar um dia de cama, contar histórias da caroxinha, repetir essas histórias porque recordar é marcar, perder tempo com coisas que não resolviam nada, estar com pessoas que não interessavam, comer, dormir, estudar, trabalhar, rir e chorar, tanta coisa que às vezes não sobram 2 horas e tal de tempo para ver uma coisa que queríamos ver.

8 anos depois eu já não sou a rapariga de 19 anos, sou uma rapariga de 25 anos e 11 meses, ou serei a rapariga de 18 anos, a de 20, a de 21 e por ai fora todas juntas, todas fruto do que sei e do que não sei, do que passei e do que não passei, do que fui e do que posso ser?

8 anos depois tenho dois gatos, uma cozinha a precisar de ser limpa, um casamento civil para planear, um noivo a dormir na cama, um sofá arranhado, tenho também a certeza de que não sei nada, mas ainda tenho a vontade de saber tudo. Perdi foi a pureza de achar que havia solução para tudo, solução essa a que bastava bater á porta entrar. Perdi a ideia de que existe controlo, perdi também muita da força de fazer que já me correu mais nas veias que sangue com certeza.

8 anos depois à dias em que dou por mim com falta de tempo para fazer coisas, por uma razão que nunca me assistiu, medo, de quê? não sei.