28.10.15

Vida de 3 gatos

Cá em casa somos 3 gatos, aliás na verdade somos 5 que os nossos mais que tudo também não são nada de se deitar fora, pelo menos parecem acreditar nisso.

Somos 3 gatos e fazemos cocó por exactamente 3, sim, valentes cocós às cores que desaparecem de tempos a tempos. Às vezes demoram-se pela areia dias que parecem meses, mas os humanos são mesmo assim, imperfeitos. Pêlo também o temos a triplicar, deixamos-lo pelas cadeiras, pelo chão, pelo sofá e pelas camas. De vez em quando lá o limpam e nós sujamos outra vez, tudo. Somos tal e qual pessoas, imperfeitos.

É certo que nunca limpamos nada, por outro lado espalhamos pela casa, ternura, aconchego e quiçá por onde passemos, deixamos vestígios ostensivos de charme. Fazemos de casas lares e de camas ninhos. Ronronamos e pedimos atenção tal e qual como um cão, embora tenham a mania de dizer que não.

Somos 3 gatos e viemos da rua, vivemos lá por mais ou menos tempo, mas fomo-nos safando. Se gostávamos mais ou menos de viver à luz das estrelas e ao frio da madrugada? É simplesmente diferente. Mas ter comida, cama e roupa lavada é um sossego.

Somos 3 gatos, brincamos às vezes com coisas com que não devíamos, mas raramente estragamos alguma coisa, é certo que os sofás ou estão atravancados em mantas ou acabam arranhados, mas de resto somos pela paz.

Compram-nos sempre a comida em promoção que a vida está cara e o ordenado barato, só comemos comida húmida quando o rei, neste caso a rainha, faz anos, mais ou menos 3 vezes por semana, uma saqueta ou latinha para dois, (que há uma que não gosta), em jeito de sobremesa.

De resto de manhã pedimos festas e eles dão, assim como água e comida, depois saem, depois voltam, e nós passamos o dia a dormir, a comer, a brincar, a olhar e somos a prova de que animais em casa não é um bicho de sete cabeças, no nosso caso somos apenas 3 bichos em 5 cabeças.


É preciso ter (carro) para ser?

Não.

Na nossa sociedade, está muito enraizada a ideia de que ter carta e carro é como que uma obrigatoriedade assim que se atingem os 18 anos.

Como se a vida só fizesse sentido e só fosse realmente vida e alguém efectivamente adulto se conduzisse um carro, automóvel esse, que estranhamente muita pouca gente se lembra, por exemplo, ser um agente poluente poderoso, mas isso agora não interessa nada...Ao que parece ter pendor para a defesa do ambiente é tender para posições extremistas... e assim por estas e por outras se vê como temos as prioridades tão trocadas e andamos tão confusos. Que feio que é ser um extremista desses que acham que devíamos deixar mais o carro em casa, não matar animais por diversão, reciclar por respeito e não mandar papeis para o chão.

Sempre que alguém me pergunta se tenho carta/carro é com alguma estranheza que recebe geralmente a resposta.

Às vezes e embora percebam perfeitamente as razões que eu ainda teimo em dar (como se tivesse de me justificar/pedir desculpa!, um mero sinal de imaturidade no fundo), por estar a ir contra o status quo, e estou não é? ainda continuam a olhar para mim como se estivessem frente a frente com um residente do distrito 9. Verde, estranho e repugnante, ou verde, atraente e apetitoso, para quem se interessa por coisas gosmentas, como políticos. (esta foi completamente desnecessária, reconheço)

Não pretende este texto ser uma critica a todo o ser humano à face de portugal que tem viatura própria, porque de resto percebo como é evidente, a necessidade de em certas vidas se ter um carro, sou é, porém absolutamente contra concepções de que se deve ter um carro porque "faz parte", porque os outros têm, porque dá estatuto, porque é impossível viver sem carro. Lamento mas num número significativo de casos não é impossível.

Eu vivo em Lisboa (distrito) como muita gente. De resto muita gente vive em portugal em cidades/distritos muito populosos e densos onde a rede de transportes públicos vai funcionando de acordo com as necessidades, o que não acontece de todo, por outro lado, nos meios pequenos é certo, onde por via de os utilizadores serem poucos, os transportes são muito escassos e em horários muitos dispersos, sendo ai muitas vezes imprescindível ter uma viatura própria de forma a se ter um dia a dia minimamente flexível, tornando-se ter carro uma forma evidente de se obter melhor qualidade de vida.

Em Lisboa os transportes públicos levam-nos a todo o lado, nem sempre à porta, mas a grande maioria dos destinos, é claro que existem exceções, é alcançável facilmente de transportes.

Os supermercados hoje em dia têm serviços de entrega gratuita se gastarmos mais de x€, e caso não gastemos o valor a pagar também não é exagerado.

Não ter carro também significa menos uma despesa no orçamento anual, bastante significativa por vezes.

Esta não é uma apologia de que é mau ter um carro, mas é a defesa de que não, não é imprescindível muitas vezes, há vida para lá de se ter um carro, há viagens, há comodidades dos tempos modernos, com resultados semelhantes.

E é só.





23.10.15

Daqui a 50 anos...

No outro dia tive um momento eureka daqueles que trazem com eles resoluções, que estas, as resoluções não vivem só de "anos novos" e de noites de insónias, noites essas em que ser de manhã novamente aparentemente resolve tudo e assim já não é preciso que resolvamos o que quer que seja, basta irmos tomar o pequeno almoço e deixar tudo como está.

Mas e no que consistiu essa iluminação? Pois bem, determinei que daqui a 50 anos, mas agora pensado melhor, daqui a pelo menos 65, quero que me entreguem uma pen com a série completa do Game of Trhones, altura em que espero não ter mais que fazer que aproveitar a beleza de já ter tido muita vida para trás.

É porque agora aquilo é muito violento, mas mais tarde já não hade fazer mal.

Entretanto questiono-me entre outras coisas no porquê, mas não durante muito tempo que posso tirar conclusões que prefiro ignorar.

De resto não deixa de ser uma boa ideia, já que sou uma grande fã, que viu apenas a primeira season e que não teve coragem de ver mais, e que embora não queira ver, vai ouvindo e desejando que os 65 anos passem depressa...ou não.



4.10.15

Gordofobia e Mulheres Grandes


As aberrações (acima), e um link para as grandes respostas abaixo, e é só, Quer dizer, não é, mas a fingir.

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