23.3.15

Spoiler profissional: Nebraska

Bem e porque escrever faz bem, estou de volta. Tenho escrito alguns posts que ou permanecem em rascunho ou foram apagados, se é sinal de que ou só tenho escrito porcaria, ou talvez só tenha escrito coisas sem interesse, fica ao vosso critério.

Vi um filme e já que mais nada por uns motivos ou por outros, uma coisas porque não acrescentavam nada, outras porque não passavam de coisas irrelevantes, ainda algumas que por serem intransmissíveis não valiam a pena falar, vou limitar-me a escrever pelo menos para já, apenas sobre ficção. É sempre mais fácil olhar para o que não existe, mesmo que a tá fale verdade.

Enfim, sem mais demoras, o filme. A preto e branco não sei bem porquê, mas posso pensar um bocado sobre isso...
Talvez porque a história é intemporal, porque acontecia tanto nos tempos em que o mundo nos parecia um filme, como acontece hoje, a velhice.
E com a velhice o não saber, o esquecer, o lembrar, o querer voltar, o querer deixar, o querer cumprir um último desejo. Com a velhice, o acumular de amizades e desavenças, de mal entendidos e de mentiras, de vícios, de vida.

É um filme que permite rir, embora seja triste, é um filme que pode fazer chorar, embora seja feliz.
Porque perder competências é triste, mas ter quem lá esteja para ajudar é feliz.
Porque desiludir é triste, mas perdoar é leve.
Porque a velhice tem consequências, mas chegar a velho nunca é mau sinal.
Porque o mundo é feio, mas também é bonito.