Fazer de um dia uma passagem especial, selar com um pacto de fidelidade um relacionamento e festejar o marco, afinal é disso que se trata, não deve ter como objectivo a ostentação, o arremeço de poder, muitas vezes falso, a competição com aqueles que o fizeram 1º, ou o despique com os que o farão depois.
Qualquer decisão que se tome com base num orçamento mais ou menos avantajado deve ter unicamente como fim tornar o dia especial, com momentos chave ao redor de uma historia que se espera que seja de amor. Esse reduto de amizade e compaixão, pelo qual se quer prosseguir em conjunto.
O dia de um enlace não deve ter como objectivo espantar a prima, agradar à avó, fazer o que o pai quer, pessoas que realmente gostam de nós para alem de gostarem delas próprias aceitam as nossas decisões, principalmente aquelas que se prendem com a nossa vida, carácter, personalidade. Que se lixem as expectativas dos outros quando forem contra o que é realmente significativo para nós.
Um casamento não é para ser comparado, avaliado, desdenhado, não é sobre os convidados, é sobre festejar as relações bem sucedidas entre as pessoas é sobre festejar pessoas que se ajudam mutuamente, isso é gostar de alguém, é isso que deve ser um casamento, a pompa, a circusntância e o fausto não passam de convenções de classes médias e altas de quem tantos se aproveitam desenvergonhadamente pela desproporção de dinheiro que pedem por tudo o que esteja associado ao fatídico dia para tantas contas bancárias ao redor do mundo.
Existem muitas formas de se fazerem as coisas.
Existem muitas formas de se fazerem as coisas.
Assim sendo ficam abaixo algumas questões/sugestões para casamentos que são mais sobre nós do que sobre os outros, (embora naturalmente que não queremos que ninguém se sinta mal no nosso casamento), e que implicam não se precisar de uma fortuna para comemorar o amor, essa coisa tão linda:
_ porque não um piquenique?
_ porque não um vestido mais simples? Mais barato, menos de casamento e mais sobre simplesmente estarmos bem, bonitas, airosas?
_ é mesmo necessária uma mesa de queijos e um pavão de fruta tropical?
_ podemos ir para além do tradicional, e fugir ao boquet bonito e comum pelo qual nos pedem um balurdio e fazer um arranjo de flores menos típico mas digno do festejo?
_ podemos ir para além do tradicional, e fugir ao boquet bonito e comum pelo qual nos pedem um balurdio e fazer um arranjo de flores menos típico mas digno do festejo?
_ precisamos mesmo de oferendar os convivas com lembranças caras que serão uma recordação de fundo de gaveta? Porque não oferecer uma coisa útil?
_ tempos mesmo de nos desdobrar em papelinhos bonitos de papeis caros?
_ é preciso fazer um sol deslumbrante? Só há felicidade quando não chove? não dá para casar no outono?
_ é necessário um carro vistoso? Ou podemos fazer de um carro qualquer um carro de festa?
_ é preciso ser numa quinta luxuriante ou um sitio simplesmente bonito serve?
_ é mesmo preciso convidar toda a gente? faz sentido convidar toda a gente? qual é o objectivo de convidar toda a gente? se tiver sentido que assim seja, se não tiver, vale a pena ponderar a dimensão do casamento que queremos para nós e a dimensão das verbas que lhe vamos alocar
_ vale a pena criar dividas por um dia? vale a pena criar dificuldades adicionais por uma série de meses ou anos em prol de um único dia? Mas indo mais longe ainda vale a pena dispender dinheiro, que nos pode fazer falta, num investimento que pode vir a fracassar? (isto apesar de claro pouca gente se casar a achar que não vai durar para sempre, se bem que acreditar nisso piamente é naturalmente ingenuo).
Algumas respostas serão categóricos sims para uns, outras manifestamente nãos, de qualquer maneira vale a pena reflectir e deliberar, mas principalmente perceber que um casamento não é sobre impressionar e nenhuma decisão deve ser tomada com base nisso, embora tudo possa ser legitimo, cada caso é um caso e o nosso casamento pertence-nos.
Se temos o sonho de vestir um vestido de princesa, chegar num cavalo branco e ter um bolo com 10 pisos que assim seja, mas que seja porque faz sentido para nós.
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